É bonita a democracia. Aquele que é o pior sistema, a seguir a todos os outros. É uma coisa gira. Dá para brincar às políticas e às politiquices. Longe, muito longe, séculos atrás mesmo, vai o tempo em que para os gregos era um privilégio, o exercício do poder. Hoje não. É altruísmo, dizem. Um hobbie, pois nunca ninguém diz que é profissional da política, mesmo aqueles que nunca fizerem porra nenhuma diferente na vida. Um sacrifício, dizem ainda outros, ao qual nunca foram obrigados. No fundo, um armarem-se de peito inchado, está em causa muito por pouco. Muito dinheiro, por pouco trabalho, entenda-se.
Mas o engraçado mesmo da democracia, é o exercício da mesma por aqueles que lhe cantam intermináveis elogios. A César o que é de César. No entanto acho que estes democratas nunca ouviram a expressão. Pronto, não são muito dados, quiçá, às lides religiosas, onde a expressão ganha mais força.
Ora bem, ilustrando: no Parlamento faz-se uma coisa (dorme-se, bate-se palmas e grita-se “muito bem”), no Governo faz-se outra (coloca-se os pés em cima da mesa enquanto se vê televisão e a empregada – os privados – procura arrumar a coisa, mas como é esperta – os privados – rouba que nem gente grande o Gigante adormecido – que de gigante só mesmo o tamanho que depois desfaz-se que nem um pardaleco ao mínimo sorriso e promessas vãs) e por fim nos Tribunais outra (anda tudo de rabo para o ar à procura da sô dona justiça, quando esta já lá vai à corrida de saias na mão na terra-de-ninguém). Os três poderes. Idealizados por um, defendidos por outros e proclamados por milhares.
Sucede que já ninguém sabe o que deve fazer e anda tudo aos trambolhões metido num fosso. Mas, voilá, há uns sôtores, embebidos do famoso Chico-Espertismo português – que semelhante ao “de santos e loucos todos temos um pouco” está presente em cada tuguinha – e vá de chamar tudo o que é gente ao Parlamento para tirar justificações. Qual rufia que só ergue os punhos quando está debaixo das saias da mãe. Tribunais? Isso, minha gente, é coisa do passado. Está demodeé. Demora tempo e a crise anda lixada, há que mostrar trabalho.
Pelo meio florescem mais plataformas de consensos que os consensos necessários. Insinuam-se partidos novos, avanços e recuos consoante o humor com que se acorda de manhã. Fala-se de tudo e sempre, para se ter direito ao “olá televisivo”. Não se fala de nada e nunca, para não se dizer bestialidades embaraçantes. E ainda se é contra tudo e todos –contra o quê? não sei, contra tudo simplesmente – porque quando se era criança brincava-se sozinho no recreio longe dos outros meninos e meninas que nos ignorava.
O resto, o povo, o povinho, o povão, as pessoas, a populaça, cá anda. De mãos nos bolsos a ver a orquestra passar. De resto, o Diabos que os levem!
Mas o engraçado mesmo da democracia, é o exercício da mesma por aqueles que lhe cantam intermináveis elogios. A César o que é de César. No entanto acho que estes democratas nunca ouviram a expressão. Pronto, não são muito dados, quiçá, às lides religiosas, onde a expressão ganha mais força.
Ora bem, ilustrando: no Parlamento faz-se uma coisa (dorme-se, bate-se palmas e grita-se “muito bem”), no Governo faz-se outra (coloca-se os pés em cima da mesa enquanto se vê televisão e a empregada – os privados – procura arrumar a coisa, mas como é esperta – os privados – rouba que nem gente grande o Gigante adormecido – que de gigante só mesmo o tamanho que depois desfaz-se que nem um pardaleco ao mínimo sorriso e promessas vãs) e por fim nos Tribunais outra (anda tudo de rabo para o ar à procura da sô dona justiça, quando esta já lá vai à corrida de saias na mão na terra-de-ninguém). Os três poderes. Idealizados por um, defendidos por outros e proclamados por milhares.
Sucede que já ninguém sabe o que deve fazer e anda tudo aos trambolhões metido num fosso. Mas, voilá, há uns sôtores, embebidos do famoso Chico-Espertismo português – que semelhante ao “de santos e loucos todos temos um pouco” está presente em cada tuguinha – e vá de chamar tudo o que é gente ao Parlamento para tirar justificações. Qual rufia que só ergue os punhos quando está debaixo das saias da mãe. Tribunais? Isso, minha gente, é coisa do passado. Está demodeé. Demora tempo e a crise anda lixada, há que mostrar trabalho.
Pelo meio florescem mais plataformas de consensos que os consensos necessários. Insinuam-se partidos novos, avanços e recuos consoante o humor com que se acorda de manhã. Fala-se de tudo e sempre, para se ter direito ao “olá televisivo”. Não se fala de nada e nunca, para não se dizer bestialidades embaraçantes. E ainda se é contra tudo e todos –contra o quê? não sei, contra tudo simplesmente – porque quando se era criança brincava-se sozinho no recreio longe dos outros meninos e meninas que nos ignorava.
O resto, o povo, o povinho, o povão, as pessoas, a populaça, cá anda. De mãos nos bolsos a ver a orquestra passar. De resto, o Diabos que os levem!