I wish I were a Warhol silk screen hanging on the wall. Or little Joe or maybe Lou. I'd love to be them all. All New York's broken hearts and secrets would be mine. I'd put you on a movie reel, and that would be just fine. Ian Curtis
2.11.08

Um destes dias não estava para sair do escritório para almoçar. Declinei, o mais gentilmente que consegui, todos os convites para almoçar. Tinha o meu livro para ler e, ainda, alguns papéis para despachar. Fui, portanto, o último resistente a afastar-me do computador onde trabalhava.

Antes de almoçar fui ao W.C. e, quando levanto a tampa da sanita algo flutua por aquelas águas. Pois é, e na impossibilidade de dizer isto de outra forma cá vai, um senhor cagalhão olhava para mim.

Nojices à parte, desmancho-me a rir. Ainda não tinha ido à casa de banho nesse dia, mas de certeza que alguém tinha ido. Já me encontrava sozinho no escritório e pensava quem teria sido o obreiro da obra, passe a redundância, que ali estava. Ria-me e imaginava a cara de quem quer que fosse, quando chegasse do almoço e tivesse de ir à casa de banho.

Sucede que de repente se fez luz. Quem quer que tinha sido, a primeira pessoa a ir ao W.C. ou até mesmo a última, não se acusou nem ninguém foi acusado. Logo, quando alguém chegasse ao escritório, e tendo sido eu a única alma que por lá ficou, poderia dizer que fui eu. O meu gozo rapidamente se transformou em pânico. Teria de afogar a coisa.

Repetidamente puxei o autoclismo e nada. Desesperava até que, não faço ideia porquê, descobri um balde no escritório. Despejei violentamente e rezei. E a morte atingiu a merda. Salvo.

A cagona jamais foi descoberta. Mas hei-de descobrir quem amerdalhou a minha hora de almoço. De almoço só a hora, porque almoço nem vê-lo nem o quis ver.

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