I wish I were a Warhol silk screen hanging on the wall. Or little Joe or maybe Lou. I'd love to be them all. All New York's broken hearts and secrets would be mine. I'd put you on a movie reel, and that would be just fine. Ian Curtis
7.11.08
Everyday is like Sunday. Canta Morrisey. Não sei, mas detestava que assim fosse. Acho que há uma raiva surda que desperta sempre que se acorda e, olha é domingo.

Não vejo utilidade no domingo. É um dia morto. Foi brutalmente assassinado e nunca ninguém disse isso ao Sábado. Acho que é tempo de lhe contar e ele avançar com a sua vida. Arranjar uma nova companhia de fim-de-semana. Ninguém o vai levar a mal.
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Ginásios são uma experiência sociológica. Ou surreal, nalguns casos. Ou, ainda, extremamente engraçada. Por vezes, já nem sei com qual função lá vou. Talvez para rir. Talvez para a função primária que me levou a inscrever. Não sei. Mas no outro dia ri-me. E com gosto. E sozinho.

Estava eu entretido com os afazeres – leia-se os exercícios – quando entra uma personagem. Não uma qualquer. De personagens penso que todos sabem que são aos magotes nos ginásios. Acho mesmo que são fabricados às paletes e distribuídos depois. São já quase um acessório fundamental em qualquer ginásio que se preze. Atestam a qualidade do mesmo. Mas retomando. A personagem era A personagem. A melhor que já vi – neste ambiente, claro.

Nos seus 50 anos, com uma bela barriga, com uma camisola a que arrancou as mangas, bigode farfalhudo, cabelos encaracolados, meias – brancas – por cima das calças e fita na cabeça. O andar era gingão. Parecia que andava de pernas abertas. Talvez alguma doença. E peito inchado. Entra com um sorriso nos lábios e pelo caminho, até à máquina, decide meter-se com todas as dignas representantes do sexo feminino. Velhas, novas, ainda menores – acho – nada ficava sem um sorriso, um galanteio, uma palavra de conforto. Já na sua máquina, uma bicicleta estática, era vê-lo a distribuir graçolas.

Juro. Tentei a sério. Até porque estava sozinho apenas acompanhado pelo Ipod. Mas foi mais forte. Ao primeiro sorriso ainda tentei disfarçar. Mas a gargalhada arrastou-se cá para fora e as outras seguiram-na. De repente eu próprio também já era uma personagem. Ria-me sozinho no meio do ginásio. Espero que pelo menos algumas almas tenham pensado que me ria de algum podcast que estivesse a ouvir.

Eu sei. Não pensaram. Apenas gosto de pensar que sim.
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