Amo o Porto. Faz agora um ano que fui, pela última vez, ao Porto. Recordo passar pela Ponte da Arrábida e a névoa nostálgica do Porto abraçar-me, esmagar-me. O meu amor continuava vivo.
O porto é mágico. Não o conheço como o queria conhecer. Ainda bem. Tenho a terrível tendência de me desiludir com o que conheço bem. Não é vício. É feitio. Adoro tomar o pequeno-almoço na ribeira. Adoro terminar a tarde a beber um copo na ribeira de Gaia – não é Porto mas este pedaço para mim estende-se. O sol tem um brilho diferente. Mas também é soturno. Quente.
O Palácio de cristal e o seu magnífico jardim com a vista privilegiada governam imponentes o rio. Serralves parece um local que sobreviveu ao tempo. Dos anos de charme da cidade, foi banhada
Soube envelhecer. Criar história e estórias. Desenvolveu a sua áurea e aperfeiçoou os seus encantos. Fez milhares de amantes. Com todos desenvolveu a sua ligação. Eu sou mais um. Rendido aos seus perfumes inebriantes. Mais um, apenas. São tantos. Faz agora um ano que lá fui, pela última vez. Eu espero. Até à próxima.