Não sou nenhum fashion expert. Mais, não pretendo. Mais que não seja porque depois cometo daqueles erros - no entender dos verdadeiros experts - que se o fosse não teriam desculpa. Assim sendo posso andar livremente pelos passeios desta vida misturando alegremente riscas com quadrados - meramente figurativo e metafórico. Não obstante o intróito, reconheço para mim algum gosto ou coerência na coisa, ou arte de vestir. E porque mais que achemos que cada um deve ter a sua individualidade, concordo perfeitamente, e não ceder aos ditames da moda e da perfeição, concordo de igual modo, há que fazer algumas cedências neste capítulo. Quem não concorde simplesmente condene a sociedade e a nossa (des)evolução.
Bem, tudo isto para dizer que hoje ao chegar ao meu local de trabalho, como é rotineiro decidi entrar no café mais próximo para cigarro e café. E ao meu lado, saboreando também o seu café e o seu cigarro estava uma moçoila, jovem e simpática, que ao que tudo indicava tinha dedicado algum tempo na escolha da sua toilette. Acontece que o conjunto ficou a chamar para o brejeiro. Ora, argolas de plástico brancas com corrente ao pescoço douradas e unhas pintadas de azul bebé, conjugado com uma blusa branca, calças de ganga normais e tudo rematado com uns ténis pretos e mala preta.
Bem, sei que gostos não se discutem, mas eu ainda vou tendo olhos na cara e opinião. Lamentamos.