I wish I were a Warhol silk screen hanging on the wall. Or little Joe or maybe Lou. I'd love to be them all. All New York's broken hearts and secrets would be mine. I'd put you on a movie reel, and that would be just fine. Ian Curtis
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Agora que se aproxima a hora, vamos jantar?
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O amor é fodido. Escreveu Miguel Esteves Cardoso. Mas não. Fodido é não amar. Claro que se sofre quando se ama. Vive-se, por vezes, com a alma na boca, como um vómito que insiste em azedar-nos a boca. Mas não. Realmente fodido é não amarmos.


Claro que, quando amamos, há uma transferência de preocupação para outra pessoa e isso angustia-nos. Como bichos egoístas que somos estamos habituados a preocuparmo-nos apenas connosco. Dá-nos suores frios umas vezes e risos descontrolados noutras. Mas não. Realmente fodido é não amarmos.


E há que esclarecer desde logo: amar não é estar apaixonado. Amor não é paixão. Por muito que as coisas possam estar ligadas, não são a mesma coisa.

Paixão mata-nos por dentro, consome-nos. Embrutece-nos. Somos uns tontos, uns fantoches da paixão que vive em nós. Alias, é ela que vive, porque nós morremos às suas mãos cadavéricas. É uma violência.

O amor não. É a calma depois da tempestade. É a onda leve, certa e perfeita que dá à costa. É a imensidão de nós próprios revistos no outro. É racional. Por mais que custe aos puristas da coisa, aos poetas, aos loucos e aos imbecis, é racional. É incompreensível porquê aquele outro. Mas percebemos que é amor e aproveitamos ao máximo o que isso nos dá, oferece e nos gratifica. Sem nada pedir em troca. Sem exigir a nossa vida, os nossos dias.


Por isso, fodido é não amar. Quem não ama não sente. E quem não sente não vive. Já a paixão é morte. A nossa e a de quem nos rodeia. É a obsessão. E esta é intransigente. Rói-nos a vida ao bater de cada dia, rindo-se descaradamente da nossa cara.
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Numa destas tardes, de café pós-laboral, a conversa corria animada. Os temas vários e amplos. Até chegarmos à afirmação que se segue:

- Gostar de alguém é fazer uma cassete com as nossas músicas e ouvi-la até á exaustão. Das músicas e da cassete. Que se estragou com o uso.
link do post Eu e o meu Ego, às 09:35  comentar

Conheci pela segunda vez uma pessoa que se diz anarco-sindicalista. A primeira pessoa foi o meu avô. Foi há anos a nossa primeira conversa sobre o tema. Adorava perder-me nos seus livros. Antigos. Com cheiro de várias leituras. Os seus livros.

As discussões eram habituais. Chamava-me beato, apenas para me irritar. Qual miúdo pequeno. Mas eu Adorava as discussões. Ajudaram a construir a minha identidade política. Tinha de me esmerar, quando petiz, para contrariar os seus argumentos.

O meu avô. Procurou ensinar-me o Esperanto. Revelei-me um péssimo aluno. Porque havia eu de aprender uma língua morta. Uma língua que existiu somente na cabeça de uns quantos.

O meu avô. As histórias de quando procurou fugir clandestino num barco rumo a França. Ganhei respeito por causas, que não as minhas, defendidas com convicção.

A prova de que pessoas com ideais e posições diferentes se podem respeitar e admirar. O meu avô.
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