Boys will allways be boys. Isto a propósito do meu almoço de hoje. Éramos quatro. Onde dantes havia ténis, t-shirts alguns números acima, cabelos desgrenhados, havia agora sapatos engrachadinhos, camisas e os cabelos, bem, esses continuam ainda hoje por pentear - grito de rebeldia que começa a soar demasiado esforçado.
A verdade é que as conversas continuam a não ser levadas a sério tal como antes. Seja que tema for. As vezes com muita frustração para alguns de nós.
Contava um aos restantes que já está com a namorada vai para algum tempo, e tudo indica que dêem o passo em frente. Todos o percebemos, pelas nossas próprias realidades que vivemos, mas ninguém o levou a sério. Um de nós chegou a entoar com voz de falsete a Música da Beyoncé na parte em que diz "put a ring on it". As coisas acalmaram, no entanto, quando ele diz que não sabe se quer. De repente parou tudo. Como se cada um de nós fosse chamado à nossa própria realidade. Mas então não queres porquê?
- Gosto disto, gosto de como estou. Não sentem como se vos tirassem a liberdade? Não consigo explicar, e muito provavelmente soa-vos a algo completamente disfuncional. Mas a verdade é esta: gosto do meu conforto actual. Gosto dela, oh como gosto. Mas gosto também porque nunca está sempre acessível. As vezes não está lá. Gosto de saber que os planos a dois, são mesmo isso, planos a dois para o tempo em que não somos os dois. Gosto do Adeus, até logo. Gosto do telefonema a meio da noite porque simplesmente apeteceu. Nessas alturas faço o quê? Acordo-a e acendo a luz do quarto e digo "vamos falar agora um bocadinho"?
O resto do almoço foi quase em silêncio. Todos olhamos para nós, para as nossas próprias situações.
To whom it may concern: Este post foi escrito ao som de Black Balloon dos The Kills. Achei que era engraçado partilhar.