
Momento introspectivo do dia.
A hora de almoço, se é que tenho disso, praticamente passou mas, e comer? Nada! Uma sandes empurrada pela garganta abaixo enquanto bebia um sumo discretamente “roubado”.
Música, alguma para me distrair do barulho de fundo e concentrar-me no que fazia e escrevia a 1000 à hora. Uma dessas músicas, passou no rádio que os CD que criteriosamente trago na pen para poder ouvir não me criaram excitação, foi o hang up da Madona. A pergunta: não acham que ela canta à sopinha de massa quando diz o “so slowly?
Pelo meio recebi um telefone de um amigo cujo tema era saber o que eu acho relativamente a uma amiga que perguntou se ele queria ir beber café à tarde. A minha perplexidade prendeu-se porque raio precisava ele de saber a minha modesta opinião. Ok, a conversa foi mais ou menos a seguinte:
- Mas porque carga de água me ligas para perguntar isso?!?!?
- Eu acho que ela se anda a fazer a mim…
- Então?!? Não vejo então qual é o problema… Realmente já davas umas voltas com alguém, não?
- Oh, mas ela é muito gira e boa…
- Vai à merda! Então vai ao café. Mas espera, ela está-se mesmo a fazer a ti? Não estás para aí a delirar? Não estás a ver coisas onde elas não existem? Só naquela, para não fazeres figura de otário.
- Oh fodasse, não me deixas terminar. E sim, ela faz-se a mim, um gajo nota ou não? Não são só elas que percebem isso. Estava a dizer-te, ela é muito boa, mas só diz merda quando abre a boca…
- Estás parvo?? Mas queres encontrar alguma pessoa que vá ao café e discuta Nietzsche? Olha, tenho merdas para fazer, vou desligar.
Outra coisa que me inquietou, mas como tem esta gente tempo à tarde? Há vidas com sorte.
Nota mental, ir comprar um cartão de despedida para a colega que está de saída do escritório. Acho que é um gesto bonito e simpático.
Ah, fim da hora de almoço. Posso respirar de alívio. Enquanto outros retomam eu finalmente vou poder beber o meu café.
Obrigado e boa tarde
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